Vai financiar o imóvel? Atenção à renda e aos seguros!
Conheça os parâmetros dos bancos para a análise da renda e quais são os seguros obrigatórios do financiamento imobiliário.
Com inflação em alta e crédito mais caro – apesar do recente anúncio da CAIXA que reduzirá em 0,25 ponto percentual ao ano todas as taxas para pessoas físicas que financiaram imóveis novos ou usados com recursos da poupança– o poder de compra do consumidor reduziu, gerando um aumento na venda de imóveis de até R$ 250 mil. Só na Senzala Imóveis, de janeiro a outubro, a comercialização de imóveis até esse valor cresceu 50%.
Falando em renda, você sabe como ela é avaliada para o financiamento imobiliário? A primeira regra é que a parcela do financiamento não comprometa mais do que 30% do orçamento familiar. Além disso, os bancos verificam se o tomador tem os recursos necessários para a entrada, para as taxas de administração (cerca de 10% do valor do imóvel), para financiar em até 30 anos e se não há restrição no CPF do titular.
Renda bruta X Renda líquida
Usualmente, os bancos consideram a renda bruta para o cálculo do financiamento do imóvel para a compra, que leva em consideração o valor total mensal da remuneração do(s) comprador(es). Alguns bancos usam a referência da renda líquida, ou seja, o valor da prestação terá de corresponder a 30% da renda já líquida de impostos e eventuais descontos de salário no caso de trabalhadores formais, por exemplo.
Se o seu banco considerar a renda líquida, fique atento, pois, o valor máximo a ser financiado pode ser menor. Para a comprovação de renda do financiamento imobiliário, podem ser apresentados os seguintes documentos:
- Contracheque (holerite);
- Declaração de Imposto de Renda (IR);
- Declaração Comprobatória de Percepção de Rendimentos (Decore);
- Os comprovantes específicos aceitos por instituição (extratos, comprovação de bens, etc).
Seguros
A inclusão do seguro de Morte e Invalidez Permanente (MIP) e do seguro de Danos Físicos ao Imóvel (DFI) são os únicos obrigatórios no financiamento imobiliário e apenas para os imóveis dentro do SFH (no Paraná, com preço até R$ 650 mil). A contratação de qualquer outro seguro junto ao empréstimo habitacional é opcional.
O seguro de Morte e Invalidez Permanente quita o saldo devedor do comprador em ambas as situações. Quanto maior a idade do tomador, mais caro o seguro. O seguro contra Danos Físicos ao Imóvel cobre prejuízos causados ao bem por fatores externos, como incêndio e inundação, e a indenização é proporcional ao prejuízo. Para a compra do imóvel dentro do SFI (Sistema Financeiro Imobiliário), não há seguro obrigatório. No Paraná, os imóveis dentro do SFI têm valor superior a R$ 650 mil.