Semana passada falamos da medida tomada pela Caixa Econômica para aliviar o bolso da população em meio à pandemia: a possibilidade de suspensão ou redução temporária das prestações do financiamento imobiliário. O banco afirma que, embora os juros, seguros e taxas sobre o saldo devedor sejam cobrados, o acréscimo no valor da prestação será muito pequeno e ao longo do tempo. Mas será que é isso mesmo?

Hoje trouxemos outras opiniões, menos parciais, para esclarecer a questão.

Johnny Mendes, professor de economia na FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado), afirma que quem tem condições de pagar as parcelas sem redução deve fazê-lo, mas que a redução vale para quem está com o orçamento apertado. Até porque devemos levar em consideração a possibilidade de uma melhora econômica pós-pandemia, com aquecimento na economia e geração de novos empregos. Alberto Ajzental, coordenador do curso de negócios imobiliários da FGV (Fundação Getúlio Vargas), concorda e analisa: se o cliente estiver se endividando no crédito especial ou no cartão de crédito para cumprir com as parcelas vale a pena lançar mão da redução ou pausa, já que o crédito imobiliário é o mais barato. Para ele, a iniciativa é muito positiva, já que aliviar parcelas tem custo quase zero para o banco, e as pessoas conseguem fazer caixa e pagar quando a situação melhorar.

Pedidos de redução e pausa podem ser feitos pelo aplicativo Habitação Caixa ou pelo telefone 0800 104 0104.