O que esperar do mercado imobiliário no 2° Semestre de 2022?

O que esperar do mercado imobiliário no 2° Semestre de 2022?

A indústria imobiliária é uma das grandes forças da economia brasileira e representa 8% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, ficando atrás apenas do agronegócio. Mesmo com mais de dois anos em pandemia e um cenário econômico global inseguro, o mercado imobiliário é um dos segmentos que melhor performou em meio a tantos desafios vindos com o coronavírus. Segundo pesquisa do FipeZap, a expectativa para o mercado imobiliário no segundo semestre é de estabilidade entre notícias positivas e negativas.  

Em junho, algumas surpresas em meio à permanência do cenário de alta inflação global: a primeira positiva foi com relação ao PIB que,no primeiro trimestre de 2022, teve um crescimento de 1,2% em relação ao trimestre anterior. Crescimento refletido na queda da taxa de desemprego que registrou 10,5%, abaixo do esperado pelos analistas de mercado. Além disso, temos os pacotes de estímulo econômico, resultando em melhores perspectivas de crescimento econômico para 2022. Em contrapartida, a taxa Selic foi para 13,25% ao ano, aumento de 50 pontos base. Mais do que isso, sinalizou que os juros altos devem permanecer altos por mais tempo do que o inicialmente esperado, além da comunicarem a possibilidade de um último modesto aumento da taxa Selic.  Assim, tudo indica que a elevação dos preços de aluguel pelos próximos meses será mantida, enquanto os aumentos de preços de compra devem desacelerar. 

Pensando mais para frente, tudo vai depender de como a sociedade brasileira encarará os desafios postos no momento, o desenrolar do cenário inflacionário global e o tom da política fiscal para os próximos 4 anos. Com as tensões da corrida eleitoral e da pressão inflacionária, é provável que sejam propostas medidas a fim de resolver os problemas de curto prazo, mas devemos lembrar que as consequências futuras dessas medidas virão. O Brasil começou o ciclo de aperto monetário antes de qualquer outra grande economia, de forma que temos tudo para voltar a taxas de inflação e juros mais normais antes do que o resto do mundo.